sexta-feira, 22 de julho de 2016

REINO DOS CÉUS


Para que se chegasse mais próximo da particularidade, objetividade e esclarecimento da relevância do Reino dos céus, Jesus fazia uso da linguagem de parábolas, e utilizava-se de metáforas para melhor compreensão dos seus discípulos e multidões.
Mateus escrevera aos judeus, sendo sua linguagem específica à eles.
Num dado momento, quando Jesus saiu de casa, naquele dia, estava assentado junto ao mar; E ajuntou-se muita gente ao pé dele, de sorte que, entrando num barco, se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia. Mateus. 13: 1- 3
Portanto, Mateus ouvindo a ministração e ensinamentos de Jesus sobre o que semelhara o Reino dos Céus, e fazendo uso de objetos, atividades e comportamentos desse mundo, faz uso da expressão Reino dos Céus, diferente de Lucas que usa a expressão Reino de Deus.
Os judeus sendo monoteístas, acreditavam na existência do Céu, e tinham convicção da possibilidade de chegar lá.
Já os gregos, por terem a cultura do politeísmo, onde acreditavam na intimidade com os deuses, e que eles existiam pra atenderem suas necessidades, Lucas usa a expressão Reino de Deus como estratégia para mostrar que Deus podia reinar e mover-se dentro deles, diferente dos seus deuses.

A primeira parábola, Jesus mostra que o Reino dos Céus é semelhante... Ele não disse que é, mas é semelhante "O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo"; Mateus. 13: 24
O Reino dos céus é o lugar onde os que estão lá, estão porquê a mensagem do evangelho foi semeada no mundo, e os que receberam perseveraram na fé; perseveraram, em meio as lutas, tribulações e adversidades, mas souberam conviver juntamente com os que foram plantados pelo inimigo; mas o Senhor, que plantou a boa semente, quando chegar no tempo da colheita, arrancará, e separará um do outro.

A segunda parábola Jesus mostra que: "O reino dos céus é semelhante ao grão de mostardai que o homem, pegando nele, semeou no seu campo";
Mateus. 13: 31
Diversas interpretações já foram dadas fazendo referência a essa parábola, entretanto, eu compreendo que o Reino dos Céus é o lugar que também estarão lá os que estiveram atrelados a igreja. Se Jesus estava fazendo comparação com o Céu, percebo que Jesus estava querendo dizer, ou alerta-los da instituição igreja neste mundo, que por ser pequena aos olhos dos homens, e ignorada por muitos, se tornaria grande, e acolheria muitos, que buscariam descanso, segurança, abrigo. Todos que estão nesse mundo, que fizerem parte da Igreja militante, com compromisso, mas sobretudo visto pelo Senhor na igreja triunfante, farão  parte, ou seja, estarão no Reino dos Céus.


A terceira parábola Jesus mostra que "O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado". Mateus. 13: 33
Essa parábola também tem recebido muitas interpretações, mas compreendo que Jesus estava fazendo comparação ao Reino dos Céus, e que os céus é na verdade o lugar onde estarão os que se submeteram com obediência e fidelidade, em tempo e épocas distintas, conforme as devidas dispensações por meio de suas palavras e mandamentos.
Entretanto, Jesus está chamando a atenção de todos presentes para o tempo da graça, o tempo salvífico, em que, por meio de uma mulher "Sara" nasceram três instituições religiosas, Judaísmo, Islamismo e Cristianismo, mas que serão um só povo (igreja) nos céus, por terem recebido, ou seja, dado crédito ao evangelho, palavra (farinha), que com três medidas (Pai, Filho, Espirito Santo), onde receberam o crescimento, e conhecimento, mesmo que tenha sido por meio das instituições humanas, igreja militante (fermento).
Nessa quarta parábola, Jesus já havia deixado a multidão na praia, e chegando em casa, os discípulos se colocaram aos seus pés, e aprenderam mais por meio de parábolas. E, Jesus ensina que: "Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo". Mateu. 13: 44
O Reino dos Céus é semelhante ao homem que depois de ter encontrado o tesouro (Jesus), guardou no coração, e por se sentir muito feliz, satisfeito, abre mão dos prazeres deste mundo, troca tudo, pelo desejo de tomar posse (ter direito) ao Reino dos Céus.
Ou seja, no Reino dos céus tem os que agiram conforme esta parábola. Agora, com os discípulos à sós, Jesus os alerta dizendo que não vendam, não  percam o desejo de ir ao céu, depois de terem encontrado.

Nessa quinta parabola, Jesus ainda com seus discipulos, em casa, continua o ensinamento.  Outrossim o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas;
E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a.
Mateus. 13: 45, 46
Se na parábola anterior, a quarta parabola, Jesus falara do que encontrou o tesouro, agora,  Jesus mostra aos discípulos que eles deverão ir em busca (buscar) de boas pérolas (pessoas), e encontrando-as, devem desfazer do seu eu, de suas vontades, e te-los, resgata-los, ajudá-los.
Ou seja, no céu estarão muitos que foram encontrados, e que passaram por essas condições, porque assim fizeram, como Jesus ensinara os seus discípulos.

Nessa sexta e última parábola desse capítulo 13, Jesus finaliza, ensinando-os que: Igualmente o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes. Mateus. 13: 47
O Reino dos céus é semelhante, ou seja, é comparado a rede (palavra) que fora lançado ao mar (mundo), e que apanhara toda qualidade de peixes (pessoas).
Ou seja, a palavra, o evangelho,  devem ser pregadas, anunciadas ao mundo, e então muitos serão alcançados, serão limpos, e passarão a ser de boa qualidade.
Ou seja, no Reino dos Céus estarão os que foram apanhados pela palavra (evangelho), foram transformados, porquê o Senhor não faz acepção e distinção de pessoas.