A Igreja Metodista
Wesleyana nasceu de um despertamento de alguns pastores. Cada um desses
pastores em suas respectivas igrejas começaram a viver e praticar o Metodismo
primitivo, intensificando as reuniões de oração, vigílias etc., com o decorrer
do tempo o efeito desse trabalho foi recebendo o impacto do poder do Espírito
Santo, a ponto de, na Igreja Central de Petrópolis, o Pastor Idelmício ter que
separar em dois grupos de oração e busca de poder: o grupo de jovens e adultos
e outro de crianças, porque o Espírito Santo operava de tal maneira que as
reuniões de crianças eram tão fervorosas como a dos jovens e adultos.
A certa altura dos
acontecimentos a direção da Igreja tomou posição de resistência e proibições à
prática ou desenvolvimento da obra de renovação; os pastores mais envolvidos
com o movimento foram chamados e orientados no sentido de não prosseguirem com o
que vinham imprimindo nas diversas igrejas, mas não se dobraram às imposições.
Diante da situação o
grupo tomou uma decisão definitiva: dar continuidade ao que Deus tinha posto em
seus corações.
Como
Surgiu a Igreja Metodista Wesleyana
A Igreja Metodista
Wesleyana surgiu de um grupo de ministros e leigos que militavam na Igreja
Metodista do Brasil.
As razões que deram
origem à Igreja basearam-se na doutrina do batismo com o Espírito Santo como
sendo uma segunda benção para o crente; na aceitação dos dons espirituais como
recursos divinos para a realização da obra, incluindo todos os dons mencionados
na Bíblia Sagrada: sabedoria, fé, mansidão, operação de maravilhas, ciência,
dons de curar, profecias, discernimento, línguas, interpretação de línguas, cantos
espirituais, revelações e visões.
O movimento que
culminou com o surgimento da Igreja Metodista Wesleyana, começou em 1962;
alguns ministros e leigos começaram a ser despertados para a obra de renovação
espiritual; muitos pastores como: Gessé Teixeira de Carvalho atual Bispo da IMW
– 1ª Região), José Moreira da Silva, Ildemício Cabral dos Santos, Danial Bonfim
etc., começaram a realizar trabalhos de avivamento nos sentido de despertar as
igrejas que pastoreavam na área de evangelização a uma vida mais santificada.
Em 1964 o grupo
começou a ter contato com grupos de diversas denominações renovadas, o
resultado desses contatos foi um maior esclarecimento sobre as doutrinas
pentecostais e , alguns membros do grupo começaram a ser batizados com o Espírito
Santo.
Em 1966 os contatos
com grupos pentecostais aumentaram e novos pastores aderiram ao movimento como
Fred Morris e Waldemar Gomes de Figueiredo. Eram constantes as vigílias nos
montes, as reuniões de oração e os retiros, o que acabou incomodando a Primeira
Região (RJ). Ainda em 1966 o grupo recebeu uma circular do gabinete proibindo
orações com imposição de mãos, expulsar demônios, cantar corinhos e fazer
vigílias constantes. No final da carta tinha a seguinte alternativa: Se o grupo
não obedecesse às normas da Igreja Metodista do Brasil, todos deveriam deixar
as suas fileiras.
No final de 1966
alguns dos componentes do grupo ficaram encarregados de visitar algumas igrejas
de doutrina pentecostal para que no caso de uma exclusão em massa terem uma igreja
em vista; não havia nenhuma intenção de criar uma nova denominação.
No dia 5 de janeiro
de 1967, por ocasião do Concílio da Igreja Metodista do Brasil, realizado na
cidade de Nova Friburgo (RJ), o grupo se reuniu às 14 horas sobre uma ponte, no
pátio da Fundação Getulio Vargas, sob a direção dos pastores Idelmício Cabral
dos Santos e Waldemar Gomes de Figueiredo.
Nesta ocasião ficou
fundada definitivamente a Igreja Metodista Wesleyana, aceitando como forma de
governo o centralizado com o conselho geral, seguindo em linhas gerais o regime
metodista. Estavam presentes a esta reunião os seguintes irmãos: Idelmício
Cabral dos Santos, Waldemar Gomes de Figueiredo, José Moreira da Silva,
Francisco Teodoro Batista, Gessé Teixeira de Carvalho, Córo da Silva Pereira,
José Mendes da Silva, Zeny da Silva Pereira, Dinah Batista Rubim, Ariosto
Mendes, Jacir Vieira e Antônio Faleiro Sobrinho.
Foi eleito o
primeiro Conselho Geral que ficou assim constituído Superintendente Geral:
Waldemar Gomes de Figueiredo; Secretário Geral: Gessé Teixeira de Carvalbo,
incluindo três secretarias: Missões, Educação Cristã e Ação Social; Tesoureiro
Geral: Idelmício Cabral dos Santos.
Na noite do dia 5 de
janeiro o grupo desceu a serra (se retirou do Concílio), sem nenhuma estatística
em mãos para a formação de novas igrejas, no dia 6 de janeiro as noticias
começaram a se propagar e em vários locais, grupos esperavam a presença dos
pastores que haviam saído; dentro de um mês havia 30 igrejas organizadas.
Os motivos que
levaram a criação da Igreja Metodista. Wesleyana foram:
1. A não adaptação
do grupo as formas de governo das igrejas pentecostais visitadas anteriormente,
dado a estrutura de governo de regime episcopal adotado pelo grupo.
2. Amparar os
metodistas com a mesma experiência.
O movimento
Wesleyano começou a se desenvolver gloriosamente, e foi convocado o Concílio
Constituinte para se reunir na cidade de Petrópolis nos dias 16 à 19 de
fevereiro de 1967, ocasião em que foi organizada a Igreja. Novos obreiros
vieram formar nas fileiras Wesleyanas e vários evangelistas foram eleitos.
Estava consolidada a obra do Senhor. Os estatutos da Igreja foram aprovados,
eleitos oficialmente os, membros do Conselho geral que ficou assim: Superintendente
Geral: Waldemar Gomes de Figueiredo Secretário geral de Educação Cristã: José
Moreira da Silva; Secretário Geral de Missões: Gessé Teixeira de Carvalho;
Secretário Geral de Ação Social: Orieles Soares do Nascimento; Secretário Geral
de Finanças: Idelmício Cabral dos Santos; Presidente da Junta Patrimonial da
Igreja Metodista Wesleyana: Francisco Teodoro Batista; Redator de “Voz
Wesleyana”: Gessé Teixeira de Carvalho. Os membros do Concilio Constituinte são
os organizadores da nova Igreja. São eles: Waldemar Gomes de Figueiredo,
Idelmício Cabral dos Santos, Gessé Teixeira de Carvalho, José Moreira da Silva,
Francisco Teodoro Batista, Antônio Faleiro Sobrinho, José Gonçalves, Isaías da
Silva Costa, Alice Leny dos Santos, Pedro Morais Filho, Daniel Pedro de Paula,
Ezequiel Luiz da Costa, Tobias Fernandes Moreira, Nilson de Paula Carneiro
(atual Bispo da IMW – 2ª Região), Joaquim R. Penha, José Barreto de Macedo,
Sebastião Morreira da Silva, Letreci Teodoro, Derly Neves, Dilson Pereira Leal,
Nadir Neves da Costa, João Coelho Duarte, Dinah Batista Rubim, Córo da Silva
Pereira, Helenice Bastos, Onaldo Rodrigues Pereira, Wilson Varjão, José M.
Galhardo. José Tertuliano Pacheco, José Mendes da Silva, Clarice Alves Pacheco,
Octávio Faustino dos Santos, Geraldo Vieira, Wilson R. Damasco e Azet Gerde e
outros irmãos estiveram presentes mas não assinaram o livro contendo a ata de
organização.
O Concílio
constituinte elegeu uma Comissão de Legislação composta dos seguintes membros:
Waldemar Gomes de f Figueiredo, Idelmício Cabral dos Santos, Gessé Teixeira de
Carvalho, José Moreira da Silva, Francisco Teodoro Batista, João Coelho Duarte,
Oriele Soares do Nascimento, José Mendes da Silva, Córo da Silva Pereira e
Onaldo Rodrigues Pereira, a quem delegou poderes para preparar o manual da
Igreja Metodista Wesleyana publicado em 1968.
DATAS
IMPORTANTES
1962 – Ministros e leigos começam a ser despertados para a obra de
renovação espiritual.
1964 – Contato do grupo com grupos de denominações renovadas.
1966 – O grupo recebe uma circular do gabinete episcopal, visita do
grupo renovado à igrejas de doutrina pentecostal para uma possível adesão.
05/01/1967- Fundação da Igreja Metodista Wesleyana.
CONCLUSÃO
A Igreja Metodista
Wesleyana, não é uma organização para perpetuar o nome de um homem. Quando
usamos a terminologia “Wesleyana”, queremos lembrar ao povo a experiência do
coração abrasado pelo poder de Deus. O movimento do século XVIII foi de
avivamento, de poder e dar testemunhos de Jesus publicamente nas praças, pelas
ruas, e junto às minas de carvão. Hoje somos o elo deste movimento do Espírito
Santo, somos “linha de esplendor sem fim”, traçadas por Deus. Nós como Igreja
de Cristo temos o dever de testificar em nossa geração.